quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Educação no Brasil é atrapalhada pela baixa qualidade de ensino e má formação docente



Ao analisar o item educação isoladamente, o Brasil subiu de 0,279 (em 1991) para 0,637 (em 2010). É a dimensão que mais avançou nos últimos anos (128,3%), puxada principalmente pelo fluxo escolar de jovens, que ficou 2,5 vezes maior em 2010 em relação a 1991. No entanto, é o único subíndice brasileiro classificado na faixa média do desenvolvimento humano. O IDHM 2013 (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), divulgado no último dia 29/07, mostra que, apesar de apresentar maior progresso, a educação ainda fica abaixo dos outros subíndices que compõem o indicador: saúde (expectativa de vida) e renda., É inegável dizer que a educação está melhorando, "o problema é que ainda não chegamos a patamares adequados de qualidade". Para Simon Schwartzman, pesquisador do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), o principal problema da educação brasileira é a qualidade, que no ensino médio se soma à falta de alternativas. "Uma população muito grande chega ao ensino médio com formação precária. Não se pode ter um modelo de formação única. Você tem o jovem se preparando para a universidade, mas também tem o adulto de olho no mercado de trabalho", afirma. 

Formação de professores

A professora da Faculdade de Educação da Unicamp Adriana Momma-Bardela acredita que se faz urgente uma reforma nos cursos de formação inicial de professores de educação básica --pedagogias e licenciaturas. "É imprescindível que os professores em formação inicial aprendam e saibam efetivamente como se ensina, como se aprende, como se acompanha o aprendizado, o que e quem fundamenta o conjunto de suas ações e propostas formativas", aponta Adriana. A professora também afirma que compete aos municípios e Estados a elaboração de planos de carreira, planos municipais de educação, a explicitação do projeto político pedagógico municipal e a política efetiva de formação continuada e em serviço. "Estamos democratizando a educação por meio de ações que punem os professores e crianças pobres, ao priorizar e enfatizar os números e indicadores em detrimento da qualidade das interações e relações humanas", disse.
Fonte: Uol Educação




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